domingo, 27 de março de 2011

DICAS PARA VOCÊ NÃO SOFRER NA PELE...


Michael Shumacher em acidente na Alemanha

Andar de Moto é Real e não Virtual
Muita gente sonha tanto em andar de moto, fantasia tanto sobre a liberdade que ela significa que e acha que quando chega às duas rodas de verdade já está pronto. Não se engane, por mais que você saiba é sempre hora de aprender.


Moto Nova, Motociclista Experiente
Ah! Moto nova, que beleza! Enfim o seu sonho virou realidade e você saiu da sua moto antiga para uma tinindo de zero. Mas atenção com os primeiros quilômetros rodados, até você entrar em sintonia com as novas reações que vai ter.


Invisível
Você tem que se convencer de que é invisível porque para muitos motoristas dos veículos de quatro e mais rodas, você realmente o é. Isso é fácil de constatar pelo número de acidentes que ocorrem onde se ouvem declarações do tipo: “Eu não vi de repente apareceu essa moto!” Aproveite-se disso faça dessa invisibilidade a sua maior proteção a sua mais forte aliada. Preste atenção o tempo todo e nunca assuma que os outros motoristas o viram.


Inquebrável
Moto cai, risca pintura, amassa o tanque, quebra as rodas, entorta chassi e depois, quase sempre, dá pra consertar. Você por sua vez cai, raspa os cotovelos, amassa o tórax, quebra as pernas, entorta o pescoço e depois nem sempre dá para consertar. E já que esse ponto ficou bem explicado vamos ver o que fazer para minimizar os efeitos em caso de acidente. Muito bem: Capacete, Luvas, Botas, Calça e camisa de manga comprida e muita atenção são equipamentos indispensáveis.



IntegradoVocê divide ruas e estradas com uma porção de outros veículos e, portanto, passa a fazer parte da “turma”. Uma turma que muitas vezes comete erros sem saber, portanto não revide, não reaja e não ameace. Enquanto você está fazendo isso o perigo aproveita para atacar. Ajude a melhorar o ambiente, faça a sua parte e contribua para a segurança de todos.


Independente
Andar de moto sem capacete é muito ruim, acreditem. O barulho, o vento, a poeira, os insetos, a chuva, o sol, tudo atrapalha. Já independente no seu mundo, dentro do capacete integral, você consegue prestar atenção na paisagem, na natureza, no barulho do seu motor, dos pneus em contato com asfalto, paralelepípedos, lama, areia e até mesmo nos sons dos outros veículos que chegam até você muito claros e ordenados. O Capacete faz parte do seu mundo, do seu prazer de andar de moto, aproveite. Olhe para cima, para os lados para dentro de você mesmo e veja o prazer se manifestar com sua força maior.


Inteligente
Ser inteligente é usar todos os sentidos da forma mais constante e perfeita possível. É ter atitude para sempre aprender algo de novo. Isso mesmo, experiência e vivência são muito importantes, mas não teriam se tornado valiosos se você não tivesse tido inteligência para processá-los. Use os seus olhos para guiar a moto, lembre-se de que ela vai onde você está olhando, portanto não se concentre no que pode dar errado, olhe sempre para a saída, para a solução. E ela, pode ter certeza, está sempre um pouco mais adiante do que 20 cm na frente da sua moto.


Intoxicado
Não vamos nem falar de bebidas alcoólicas e das mais diversas drogas que todos estamos cansados de saber do mal que fazem e do efeito negativo que provocam para quem anda de moto. Não ande de moto, nunca também, quando estiver intoxicado de cansaço, raiva, tristeza, ansiedade ou desejo de vingança. Drogas matam direta ou indiretamente, mas sempre matam.


Uma referência em Indianápolis
Depois que caiu e perdeu a prova ao errar um freada no MotoGP de Indianápolis (agosto de 2009) o Multicampeão Valentino Rossi pintou a imagem do simpático Burro do filme Shrek em seu capacete. Lembrava assim para todos e para ele mesmo da sua imprudência e do uso incorreto dos freios dianteiro e traseiro da sua moto.

Com a imagem do Donkey (macaco) venceu de ponta a ponta o MotoGP do ano seguinte na Itália.

Na pista em outro dia ele teve um nova oportunidade, mas nas ruas e nas estradas elas nem sempre estão lá!


FATORES CAUSADORES DE ACIDENTES DE MOTO


O pesquisador Harry Hurt (daí o nome do relatório) da University of Southern Califórnia, investigou todos os aspectos de 900 acidentes de moto na área de Los Angeles. Além disso, Hurt e sua equipe analizaram 3.600 relatórios de acidentes de moto na mesma área geográfica.

Ao longo da exposição dos dados existem observações especiais relacionadas às causas de traumatismo e as características dos acidentes de moto estudados. Os achados do relatório estão resumidos a seguir:

1. Aproximadamente 75% dos acidentes de moto envolveram colisão com outro veículo sendo que os mais comuns eram veículos de passageiros

2. Aproximadamente 25% dos acidentes de moto são de um veículo só envolvendo a moto em colisão com a rua ou algum objeto fixo do ambiente

3. Falha mecânica representou menos de 3% dos acidentes de moto e na maioria dos casos envolveu apenas um veículo onde o controle foi perdido devido a pneu furado.

4. Nos acidentes de um só veículo, o erro do piloto da moto estava presente como fator precipitador do acidente em cerca de 66% dos casos sendo que o erro típico cometido era derrapagem devido a frenagem excessiva ou derrapagem na curva por excesso de velocidade ou não ter fechado a curva suficientemente.

5. Defeitos da Estrada (sulcos na pavimentação, buracos, etc) foram a causa de 2% dos acidentes; envolvimento de animais foi causa de 1% dos acidentes.

6. Nos acidentes envolvendo mais de um veículo, o motorista do outro veículo violou o direito de passagem da moto causando 66% dos acidentes desse tipo.

7. A falha dos motoristas em detectar e reconhecer as motocicletas no trânsito é a causa predominante dos acidentes de moto. O motorista do outro veículo envolvido na colisão com a moto não viu a moto antes da colisão ou quando viu era tarde demais.
8. Ação hostil e deliberada contra uma motocicleta é causa rara de acidente. A configuração mais freqüente de acidente é quando a moto segue em linha reta e o automóvel faz uma curva para a esquerda na frente da moto que vem em sentido contrário.

9. Os entroncamentos são os locais mais prováveis para acidentes de motocicleta, com o outro veículo violando o direito de passagem da moto além de violar também outras regras e sinais de trânsito.

10. Condições climáticas não foram fator importante em 98% dos acidentes de moto.

11. A maioria dos acidentes de moto envolvem trajetos curtos como ir as compras, passeio, volta com amigos, ida a cinema/teatro/bar, recreação e muito freqüentemente o acidente acontece logo após a partida.

12. A visão da motocicleta, ou do outro veículo envolvido no acidente, foi limitada por reflexos ou obstrução por outro veículo em quase metade dos acidentes envolvendo múltiplos veículos.

13. A distinção visual da motocicleta é um fator crítico nos acidentes com múltiplos veículos e a freqüência de envolvimento em acidentes é reduzida significativamente pelo uso de faróis acesos durante o dia e vestindo cores muito visíveis como amarelo, laranja e vermelho brilhosos.

14. Vazamento de combustível e derramamentos de óleo estão presentes em 62% dos acidentes na fase pós colisão. Isto representa um risco de incêndio.

15. A velocidade media pré-colisão foi de 47,69 kph e a velocidade média da colisão foi de 34,4 kph. Em um milésimo dos acidentes as velocidades de colisão foram de aproximadamente 137,6 kph

16. A típica linha de visão pré-colisão da causa do acidente não apresentou contribuição nos limites de visão periférica; mais de ¾ de todos os acidentes estavam num ângulo de 45graus de cada lado da visão direta a frente.

17. A distinção visual da motocicleta é mais crítica na parte frontal tanto da moto como do piloto.

18. Defeitos nos veículos ligados a causa de acidente são raros e provavelmente devido à manutenção deficiente ou mal feita.

19. Motociclistas com idades entre 16 e 24 anos estão significativamente mais presentes nos acidentes; motociclistas com idades entre 30 e 50 estão significativamente menos presentes. Apesar da maioria dos pilotos de moto envolvidos em acidentes serem do sexo masculino (96%) mesmo considerando-se assim, as mulheres estão bem menos presentes em tais acidentes.

20. Operários e estudantes compreendem a maioria dos pilotos envolvidos em acidentes. Profissionais, vendedores estão menos presentes. Operários, estudantes e desempregados estão mais presentes nos acidentes.

21. Pilotos de moto multados ou envolvidos em acidentes recentemente estão mais presentes nos acidentes.

22. Os motociclistas envolvidos nos acidentes normalmente não tiveram treinamento; 92% aprenderam sozinho ou com amigos/parentes. Treinamento em pilotagem reduz as chances de envolvimento em acidentes e está diretamente relacionado a redução dos traumas no caso de acidentes.23. Mais da metade dos pilotos envolvidos nos acidentes de moto tinham menos de 5 meses de experiência na moto do acidente, apesar da experiência total ser de mais de 3 anos. Pilotos de moto com experiência off-road estão significativamente menos presentes nos acidentes.

24. Falta de atenção a tarefa de conduzir a moto é um fator comum nos acidentes.

25. Quase metade dos acidentes fatais apresentam envolvimento de álcool.

26. Pilotos de motos nesses acidentes mostraram problemas sérios em evitar colisões. A maioria dos pilotos teriam freado demais derrapando a roda traseira ou freado de menos a roda dianteira, reduzindo muito a desaceleração no sentido de evitar a colisão. A habilidade em contra-esterçar e desviar estavam ausentes nesses pilotos.

27. O típico acidente de moto concede ao piloto menos de 2 segundos para completar as manobras que evitariam a colisão.

28. Motos com garupa não estão pouco representadas nos dados de acidentes.

29. Os condutores do outro veículo envolvido na colisão com a motocicleta não são distinguíveis da população de outros acidentes exceto que as idades de 20 a 29 anos e acima de 65 anos estão mais presentes. Além disso, esses condutores não têm familiaridade com motocicletas.

30. As motocicletas de cilindrada maior estão menos presentes nos acidentes, mas estão associadas a traumas mais sérios quando envolvidas em acidentes.

31. Qualquer efeito que porventura a cor da moto tiver no acidente não foi determinável a partir desses dados, mas é de se esperar que seja insignificante pois as superfícies frontais são as mais freqüentemente exibidas ao outro veículo envolvido na colisão.

32. Motocicletas equipadas com carenagens e pára-brisas estão menos presentes nos acidentes, muito provavelmente porque contribuem para a distinção da moto e também por estarem mais associadas a pilotos mais experientes e treinados.

33. Pilotos de motos nesses acidentes freqüentemente não tinham habilitação de moto ou qualquer habilitação, ou estavam com sua habilitação cassada/suspensa.

34. Modificações nas motos tais como as associadas a semi-chopper ou café racer estão definitivamente pouco presentes nos acidentes.

35. As chances de trauma são extremamente altas nesses acidentes de moto 98% das colisões com múltiplos veículos e 96% dos acidentes com um veículo só resultaram em algum tipo de trauma para o piloto; 45% resultaram em mais de um trauma pequeno.

36. Metade dos traumas estão nas regiões de pé-tornozelo, parte baixa da perna, joelho e coxa-parte alta da perna.

37. Barras de proteção (mata-cachorros) não são uma medida de prevenção muito eficaz; a redução de traumas na região do pé-tornozelo é compensada com aumento de traumas na região coxa-perna, joelho e parte alta da perna;

38. O uso de botas, jaquetas, luvas, etc é eficaz na prevenção ou redução de arranhões e lacerações que são freqüentes, porém raramente se configuram como traumas severos.

39. Motociclistas têm machucados nas virilhas em pelo menos 13% dos acidentes que são tipificados pelos acidentes de múltiplos veículos em impacto frontal em velocidade mais alta do que a média.

40. A severidade do trauma aumenta com a velocidade, envolvimento com álcool e tamanho da motocicleta.

41. 73% dos pilotos envolvidos em acidentes de moto não usavam proteção para os olhos e é muito provável que o vento nos olhos descobertos tenha contribuído para debilitar a visão o que retardou a detecção do perigo.


42. Aproximadamente 50% dos motociclistas no trânsito estavam usando capacetes, mas apenas 40% dos envolvidos em acidentes estavam usando capacetes no momento do acidente.


43. O uso voluntário de capacetes pelos pilotos envolvidos em acidente era menor nos não treinados, não instruídos e mais jovens, nos dias quentes e em trajetos curtos.

44. Os traumas mais mortais que acometeram as vítimas de acidentes foram danos ao peito e a cabeça.

45. O uso de capacete é a medida mais eficaz de prevenção e redução de traumas na cabeça; o capacete que adere a norma FMVSS 218 é significantemente mais eficaz como medida de prevenção.

46. O uso de capacete não trouxe atenuação crítica dos sons do trânsito, não trouxe limitação do campo de visão pré-colisão, não trouxe fadiga ou falta de atenção, nenhuma causa de acidente foi relacionada a uso de capacete.

47. A norma FMVSS 218 provê um alto grau de proteção em acidentes de trânsito e precisa de modificação apenas no que concerne ao aumento de proteção na parte posterior da cabeça e demonstra proteção contra impactos frontais nos capacetes de cobertura facial completa, também assegura que todos os tamanhos para adultos estão cobertos pela norma.

48. Pilotos que usavam capacetes demonstraram grau bem menor de trauma na parte de baixo da cabeça e no pescoço em todos os tipos de trauma em todos os níveis de severidade dos traumas.

49. A cobertura maior da cobertura facial aumenta a proteção e reduz significativamente as lesões na face.

50. Não há tendência à lesão no pescoço pelo uso de capacete; pilotos com capacete tiveram menos lesões do que pilotos sem capacete. Apenas 4 pequenas lesões foram atribuídas ao uso de capacetes e em cada uma delas o capacete evitou possíveis lesões críticas e/ou fatais na cabeça.

Dados válidos sobre exposição das motocicletas podem ser obtidos apenas através da coleta de dados nos locais de trânsito. Dados sobre licença dos veículos ou dos condutores apresentam informações que são completamente não relacionados ao uso real.

OS TRAUMAS E FERIMENTOS
Um pneu furado na Bandeirantes a 120 km/h...e uns arranhõezinhos...


por Rogério dos Santos Gozzi Pedro http://expedicaoaventuraatacama.blogspot.com/2010/12/um-pneu-furado-na-bandeirantes-120-kmhe.html

Nunca deixem de usar seu equipamento de segurança, como jaqueta, luvas e botas. Na minha primeira (e última) vez que peguei estrada só de camiseta a câmara do pneu traseiro de minha querida XT 600 resolveu explodir no km 112 da Bandeirantes, em um retão na região de Sumaré e um lindo domingo de sol (28/11/2010), com o asfalto fritando. Vejam como fica uma pessoa que coloca sua jaqueta e luvas no baú da moto e cai na estrada a 120 km/h...no pêlo...






Uma clavícula fraturada...



Uns arranhõezinhos básicos...





Pesquisa sobre Acidentes de Transito envolvendo Motos. http://www.xtzlander.com.br/
FOTOS de acidente de MOTOS, CUIDADO CENAS MUITO FORTES:

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